sábado, 20 de fevereiro de 2010

Filosofia da célula cancerosa

Parece que alguma coisa começa a acontecer na nova ordem mundial e que os adoradores de uma planta só, entupidores e envenenadores de rios poderão enfrentar obstáculos mais sérios a suas práticas nocivas ao ambiente natural e, por conseqüência, à sociedade. Será que as pragas do feiticeiro de São Romão estão dando certo? Batam na madeira, porque os homens têm poder e não são de brincadeira.

Vejam abaixo alguns trechos de uma matéria publicada ontem no jornal Valor Econômico, pela colunista Cláudia Safatle.

"O Banco Central do Brasil começou a acordar para os danos sócio-ambientais que o crescimento econômico pode causar. 'Crescer por crescer é a filosofia da célula cancerosa', cita Sérgio Lima, consultor do presidente do BC, reproduzindo as palavras que ouviu, durante um seminário, do economista Ladislau Dowbor que, por sua vez, atribui a autoria do aforismo a um banner colocado por um grupo de estudantes na entrada de uma conferência sobre economia."
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"Lima foi encarregado de elaborar a proposta de estruturação do Departamento de Responsabilidade Social do Banco Central, depois que um voto da diretoria da instituição determinou o ingresso desse tema no organograma do banco no ano passado. Ele concluiu o trabalho no segundo semestre de 2009. Falta, porém, a direção do BC tirar a ideia do papel com celeridade, colocá-la em prática e, mais do que isso, incorporar novos elementos de preocupação com a preservação do ambiente e a inclusão social às normas que regem a política de crédito no país."
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"Na próxima semana, haverá um seminário no qual os estudos e sugestões elaborados até agora serão apresentados à diretoria e aos funcionários do BC. Uma das propostas será que os bancos, tanto públicos quanto privados, passem a incorporar nas suas áreas de análise de risco o perigo ambiental dos projetos que financiam."

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