segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dossiê da UnB revela situação do cerrado

Um dossiê abrangente sobre o cerrado brasileiro, que merece ser lido com atenção, foi publicado na edição nº 2 – setembro e outubro de 2009 - da revista Darcy, publicação da Universidade de Brasília (UnB) especializada em jornalismo científico e cultural.

Uma das revelações do dossiê é a informação de que a velocidade de desmatamento no cerrado é duas vezes maior do que na Amazônia, de acordo com dados divulgados pelo ministério do Meio Ambiente em setembro último. Foi constatado que metade da área original daquele bioma foi desmatada, o que representa quase um milhão de quilômetros quadrados, valor correspondente a 1/8 de todo o território nacional. “Agora, as árvores dão lugar a plantações de soja e pastos para gado. A madeira delas vira carvão para siderúrgicas”, constata o dossiê. O Maranhão e a Bahia lideram o ranking dos estados que mais destruíram o cerrado nos últimos anos.

O documento declara que “o modelo de preservação baseado em unidades de conservação está esgotado”, pois não garantem a sobrevivência da fauna e da flora nativas, conforme pesquisa da UnB. “Criadas para proteger a savana com a maior biodiversidade do mundo, as áreas de conservação estão sitiadas por fazendas e cidades”, afirma.

Nem só de notícias ruins é composto o dossiê. Nele são encontrados relatos de experiências bem-sucedidas que se basearam na exploração sustentável do Cerrado. É o caso da Associação dos Produtores e Beneficiadores de Frutos do Cerrado (Benfruc), estabelecida na cidade goiana de Damianópolis, que produz geléias de cagaita, óleos, farinha de jatobá e farinha de pequi, além de polpa para a produção de sorvete.

Leia o dossiê completo em http://www.revistadarcy.unb.br/wp-content/uploads/2009/11/darcy02.pdf

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